Após realizar procedimento administrativo sobre o funcionamento da Coopreserv, o MPT-Ministério Público do Trabalho, através do Procurador Cládio Alcântara Meireles constatou que de Cooperativa a Coopreserv não tem nada. Os trabalhadores da Cooperativa trabalhavam sem carteira de trabalho assinada, mas mantinham jornada pré-determinada, tinham descontada a contribuição ao INSS em seus salários e eram fiscalizados por sevidores do município. O pior é que a adesão não era voluntária. Os trabalhadores eram indicados e não tinham sequer conhecimento sobre a Cooperativa ou seu estatuto, e não recebiam um centavo de rateio dos lucros nos finais de ano.
Eu, em programas de Rádio sempre critiquei esse sistema de Cooperativa de Sobral que os trabalhadores só têm dever, qual seja o de trabalhar, direitos só o minguado salário.
O Juiz do Trabalho de Sobral, Lucivaldo Muniz Feitosa, acolheu a Ação Civil Pública e declarou a nulidade do contrato entre a Prefeitura de Sobral e a Coopreserv. A Prefeitura tem 90 dias para providenciar o desligamento dos servidores admitidos sem concurso público.
Agora, o absurdo foi mesmo a afirmação do Procurador do Município Clito Carneiro quando disse: "O que o município tem como terceirizado são basicamente os serviços que não são essenciais, ou seja, os servidores que trabalham na limpeza do município". Para o Procurador a limpeza pública não é essencial.
O certo é que a Prefeitura de Sobral tem muitas coisas absurdas que se a Polícia Federal entrar pra valer em uma investigação sai gente de lá algemada. Os desvios são simplesmente grandiosos.
É por isso que eu acho muito complicado o profissional de Rádio, Jornal ou qualquer outro meio de imprensa ser pago pra fazer destaques de políticos. Nessa hora como é que ficam. Tentam defender o tal político pra justificar a sua conduta anti-profissional.
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